22 fevereiro, 2010

EXORCISMO A ARTE OCULTA DA RELIGIÂO CATOLICA

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A partir de 1614, a igreja católica romana passou a ter um ritual formal de exorcismo,"Rituale Romanum".
Eram tempos em que a sineta de uma igreja era usada como cálice para administrar uma "Santa Porção"de xerez,óleo e ervas
A relíquia de um santo que podia ser metida na boca dos possuídos e o facto deste se debater era tomado como mais uma prova de que existiam demónios no seu interior provas.Sendo ainda hoje um grande segredo em relação ao ritual e o que na realidade fazem.
Sabe-se que, em 1982, o papa João Paulo II executou um exorcismo a uma mulher jovem, mas o Vaticano recusa-se a fornecer pormenores ao mundo.
Todavia, o padre Grabriele Amorth,o principal exorcista de Roma insiste que a igreja nunca teve duvidas de que o diabo existe.
EXORCISMO(Exorcismu)em latim designa o "acto de fazer jurar". executado por uma pessoa devidamente autorizada para expulsar espíritos malignos (ou demónios) de outra pessoa que se encontre num estado considerado de possessão demoníaca. Pode também designar o acto de expulsar demónios por intermédio de rezas e esconjuras . Não se refere a casos de demonolatria, isto é, de um estado mórbido mental em que o doente se julga possesso pelo Demónio, ou por dois ou mais demónios,considerado um ritual antigo temido por alguns desacreditado por outros, polémica do desconhecido.
Exorcismo palavra melindrosa que pode confundir um estado de loucura psíquica com a possessão dos mais diversos seres malignos,não tomando partido de alguns dos lados, falo do ritual católico mais antigo,

No ritual do exorcismo apenas os bispos, podem autorizar um sacerdote a fazer exorcismos.E depois de invocar a sua segurança e de todos aqueles que o assistem, o padre condena o(s) demónio(s) a não ter poderes sobre qualquer um dos presentes perante o possesso que deve encontrar-se amarrado de forma a prevenir qualquer tentativa de agressão. Essa segurança pode ser conseguida também com alguns desenhos, usados para aprisionar e nulificar os poderes dos demónios, esses desenhos são pantáculos do Grimório conhecido como A Chave de Salomão (Clavicula Salomonis) ou seja a "Armadilha do Diabo" ou "Devil's Trap",que possibilitariam uma ligação entre o plano físico e os planos subtis. Os textos teriam a sua inspiração em ensinamentos cabalísticos e talmúdicos.
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Segundo alguns relatos deste ritual, os "demónios" respondem com mentiras às numerosas perguntas do sacerdote sobre questões várias que incluem a identidade do "demónio" e/ou a razão da possessão. Apesar da resistência do(s) demónio(s), o padre exorta-os a irem embora do corpo do possesso um prolongado período de tempo e com imensa insistência até que, por invocação do Nome de Deus, de Cristo Jesus e todos os anjos, ao fim de algumas horas consideradas extenuantes de invocações e de oração, poderá acontecer que o possesso seja libertado do domínio demoníaco e considerado "curado". Outras vezes essa situação pode ser revertida e a possessão volta a atormentar o paciente que muitas vezes também procura alívio em tratamentos psiquiátricos.
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Há também um grande número de relatos de casos de exorcismo. Contrariamente ao ritual católico, não há uma liturgia rígida, embora seja considerado que não deva ser qualquer crente, que, embora tendo aceitado e confessado previamente Jesus como senhor e salvador, se pode tornar um exorcista, uma vez que, segundo a interpretação do Novo Testamento da Bíblia, Jesus deu autoridade apenas aos apóstolos para dominarem os espíritos imundos. Consideram-se os sacerdotes (presbíteros, pastores, bispos, etc.) como os apóstolos da actualidade. Mar 16:17 - E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demónios; falarão novas línguas; Sendo todo crente em Cristo Jesus capaz e autorizado por Cristo a expulsar Demónios.
A fórmula utilizada nas igrejas evangélicas é simples, baseando-se na utilização de "O nome de Jesus". A pessoa que apresenta sintomas de possessão ou infestação por demónios ou espíritos imundos ficaria libertada após a imposição de mãos e declaração verbal por parte do pastor ou autoridade equivalente na igreja, para que as entidades estranhas à pessoa se retirem.


Um dos actos de exorcismo mais conhecidos e talvez mais polémicos que inspirou o filme O Exorcismo de Emily Rose, foi o de Anneliese Michel, uma jovem alemã que, segundo relatos da própria, foi possuída por uma legião de demónios.
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No verão de 1973, os pais de Anneliese foram até a paróquia local solicitando aos religiosos que submetessem a sua filha ao ritual de exorcismo. A princípio, o pedido foi negado, uma vez que a doutrina da Igreja Católica com respeito a essas práticas é muito restrita. Segundo a Igreja, dentre outras coisas, os possuídos devem ser capazes de falar línguas que nunca tenham estudado, manifestar poderes sobrenaturais e mostrar grande aversão aos símbolos religiosos cristãos.

Algum tempo depois, o padre Ernst Alt, considerado um perito no assunto, conclui que Anneliese já reunia as condições suficientes para a realização do exorcismo, de acordo com os procedimentos prescritos no Rituale Romanum.

Por essa época, Anneliese já tinha assumido um comportamento cada vez mais irascível. Ela insultava, espancava e mordia os outros membros da família, além de dormir sempre no chão e se alimentar com moscas e aranhas, chegando a beber da própria urina. Anneliese podia ser ouvida gritando por horas em sua casa, enquanto quebrava crucifixos, destruía imagens de Jesus Cristo e lançava rosários para longe de si. Ela também cometia actos de auto-mutilação, tirava suas roupas e urinava pela casa com frequência.

Em 1974, após acompanhar de perto o comportamento de Anneliese, o padre Ernest Alt finalmente decidiu solicitar permissão ao Bispo de Würzburg para realizar o exorcismo e a permissão foi concedida.

Após efectuar uma exacta verificação da possessão (Infestatio) em Setembro de 1975, o Bispo de Würzburg, Josef Stangl, autorizou os padres Ernest Alt e Arnold Renz a realizarem os rituais do Grande Exorcismo, cuja base é o Rituale Romanum, que ainda era, à época, uma lei canónica válida desde o século XVII.

No rito do exorcismo o padre deve portar um crucifixo e uma Bíblia, para poder utilizar as palavras ditas por Jesus Cristo com precisão. Deve fazer o sinal da cruz, abençoar a pessoa possuída e aspergir sobre ela água benta. O padre então ordena com fé e firmeza que o demónio deixe o corpo do possesso e ora pedindo pela salvação da vítima em nome de Jesus Cristo. As orações denunciam a acção maléfica de Satanás e rogam pela misericórdia de Deus. Normalmente, os padres levam o possesso para uma igreja ou capela, onde podem realizar o rito reservadamente, apenas com a presença dos familiares. As sessões de exorcismo não têm um prazo de duração específico, podendo se estender durante horas, dias ou meses.

No caso de Anneliese, as 67 sessões de exorcismo que se seguiram, numa frequência de uma ou duas por semana, se prolongaram inicialmente por cerca de nove meses, durante os quais ela muitas vezes tinha que ser segurada por até três homens ou, em algumas ocasiões, acorrentada. Ela também lesionou seriamente os joelhos em virtude das genuflexões compulsivas que realizava durante o exorcismo, aproximadamente quatrocentas em cada sessão.

Nas sessões, que foram documentadas em quarenta fitas de áudio para preservar os detalhes, Anneliese manifestou estar possuída por, pelo menos, seis demónios diferentes, que se auto denominavam Lúcifer, Caim, Judas, Nero, Hitler e Fleischmann, um padre caído em desgraça no século XVI.
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Durante o período em que esteve submetida ao exorcismo, onde continuava tomando os medicamentos, Anneliese relatou um sonho, onde teria se encontrado com a Virgem Maria, e que ela lhe teria proposto duas escolhas para a sua condição: ou ser liberada logo do jugo dos demónios ou continuar o seu martírio para que todos soubessem que o mundo espiritual e acção dos demónios no mundo existem de facto. Anneliese teria escolhido a segunda opção.

Em 1 de Julho de 1976, no dia em que Anneliese teria predito sua libertação, morreu enquanto dormia. À meia-noite, segundo o que afirmou, os demónios finalmente a deixaram e ela parou de ter convulsões. Anneliese foi dormir exausta, mas em paz, e nunca mais acordou, falecendo aos 23 anos de idade. A autópsia considerou o seu estado avançado de desnutrição e desidratação como a causa de sua morte por falência múltipla dos órgãos. Nesse dia, o seu corpo pesava pouco mais de trinta quilos.

Logo após o falecimento de Anneliese, os padres Ernest Alt e Arnold Renz fizeram o comunicado do óbito às autoridades locais que, imediatamente, abriram inquérito e procederam às investigações preliminares.

Os promotores públicos responsabilizaram os dois padres e os pais de Anneliese de homicídio causado por negligência médica. O bispo Josef Stangl, embora tivesse dado a autorização para o exorcismo, não foi indiciado pela promotoria em virtude de sua idade avançada e seu estado de saúde debilitado, vindo a falecer em 1979. Josef Stangl foi quem consagrou bispo o padre Joseph Ratzinger, que no futuro se tornaria o Papa Bento XVI.

O julgamento do processo, que passou a ser denominado como o Caso Klingenberg (em alemão: Fall Klingenberg), iniciou-se em 30 de Março de 1978 e despertou grande interesse da opinião pública alemã. Perante o tribunal, os médicos afirmaram que a jovem não estava possuída, muito embora o Dr. Richard Roth, ao qual foi solicitado auxílio médico pelo padre Ernest Alt, teria feito a afirmação à época que não havia medicação eficaz contra a acção de forças demoníacas (cfe. fonte original: "there is no injection against the devil").

Os médicos psiquiatras, que prestaram depoimento, afirmaram que os padres tinham incorrido inadvertidamente em "indução doutrinária" em razão dos ritos, o que havia reforçado o estado psicótico da jovem, e que, se ela tivesse sido encaminhada ao hospital e forçada a se alimentar, o seu falecimento não teria ocorrido.

A defesa judicial dos padres foi feita por advogados contratados pela Igreja. A defesa dos pais de Anneliese argumentou que o exorcismo tinha sido ato lícito e que a Constituição Alemã protege os seus cidadãos no exercício irrestrito de suas crenças religiosas.

A defesa também recorreu ao conteúdo das fitas gravadas durante as sessões de exorcismo, que foram apresentadas ao tribunal de justiça, onde, por diversas vezes, as vozes e os diálogos — muitas vezes perturbadores — dos supostos demônios eram perfeitamente audíveis. Em uma das fitas é possível discernir vozes masculinas de dois supostos demônios discutindo entre si qual deles teria de deixar primeiro o corpo de Anneliese. Ambos os padres demonstraram profunda convicção de que ela estava verdadeiramente possessa e que teria sido finalmente libertada pelo exorcismo, um pouco antes da sua morte.

O túmulo de Anneliese Michel em Klingenberg am Main tornou-se um local de peregrinação para os cristãos que a consideram uma devota que experimentou extremos sacrifícios em um martírio voluntário para possibilitar a salvação espiritual de muitos.
Na actualidade, o uso das técnicas de exorcismo divide a opinião pública mundial entre religiosos e cépticos, como podemos constatar no artigo de Palmira Silva, colaboradora lusa no Diário Ateísta, no qual critica a interpretação adoptada pelo filme norte-americano O Exorcismo de Emily Rose:


BY DCLXVI OPUS

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